sexta-feira, 31 de agosto de 2007

1 Mês

Quero agradecer aos leitores do PUYM pela paciência e aos colaboradores pelo esforço. Vou deixar um belo resumo do que foi o primeiro mês do PUYM!

Visualizações (Contadas a partir de 06/08): 508
Média de Visualizações por Dia: 19,5
Pico de Visualizações num Dia: 44 (14/08)
Postagens: 41 (incluindo esta)
Média de Postagens por Dia: 1,3
Contos: 13
Crônicas: 12
Poesias: 10
Editoriais: 6
Colaboradores Ativos: 5

Novamente obrigado a todos!

Se... até quando?



Se tua boca fosse morada minha
Receptiva e calorosa
Arderiam os beijos
Queimaríamos a alma

Como se fosse pecado amar
A paixão abominada pelas leis divinas
E o desejo só ao mal pertencesse

Teus braços seriam refugio
Abrigo do medo, da ansiedade
Abraços de felicidade e entrega
Uma queda em um mundo desconhecido

Como se a terra não existisse sob meus pés;
O horizonte fosse a marca do teu sorriso
E o infinito a cor dos teus olhos

Se não fosse tão lânguida a tua atenção
E teu coração tão distante, poderia sentir
Meu corpo chamando pelo seu, meu coração
Batendo no ritmo certo para te conquistar

Mas como nunca deveria ser, entendemos tudo errado
O seu medo de entrega causa conflito em meu corpo
Descompassando meu coração para uma canção triste e solitária.
(imagem do filme "minha vida sem mim" 2003)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O Fruto do Futuro - O primeiro

O Fruto do Futuro:
I - O Primeiro
II - O cordel, a semente e os peixes.

Todos conheciam ele como Zé Moeda. Passava o dia pelas ruas jogando moedas no chão, como que pra advinhar o que estava por vir.
Não bebia como a maior parte de seus comapnheiros e era um mistério como ele nunca se alimentava.
Era um tipo tranqüilo e, não fossem as suas excentricidades, os outros até arriscariam dizer que gostavam dele. Para ganhar alguns trocos (ou quem sabe por prazer próprio) tocava uma flauta doce. Os cães da rua apreciavam a sua companhia, e estava sempre cercado por eles.
Ele também carregava uma mala cheia de livros, e entquanto os outros dormiam ele lia.
Muitos se tornaram confidentes, pedindo conselhos ou somente desabafando sobre as injúrias da vida. Ele em pouco tempo se tornou uma espécie de padre dos excluídos.
Ele também, apesar dos andrajos, andava limpo, com unhas aparadas e cabelos e barba compridos, mas alinhados.
Vagava pelas praças e albergues, ouvia histórias, ajudava as pessoas e apartava brigas.
Era uma figura que expirava paz no meio de um lugar esquecido pelo mundo. "Vai passar" ele costumava dizer para as crianças.
Há muito eu o procurava pelas ruas. Mas no fim das contas foi ele que me encontrou.

Estava certa vez, tarde da noite voltando pra casa quando ouvi alguém chamar o meu nome e me virei.
Lá estava ele como haviam me descrito. De pronto me perguntou:

- Por que você me procura?

- Ouvi dizer que você tem a resposta para o meu problema.

- E qual o seu problema?

- Sou infeliz. Estudei, ganhei dinheiro, conheci pessoas e fiz amigos a minha vida toda. Mas a luz me veio na semana passada, como alguém que pula o muro, e tudo deixou de fazer sentido.

- Então você descobriu?

- Sim. Vi a verdade, e ela me deixou confuso.

- É realmente assustador quando você percebe que esteve tudo sempre muito claro debaixo do nariz.

- Eu não sei o que fazer - eu sinto que posso fazer tudo. Sinto que posso mudar o mundo, como se uma grande missão me tivesse sido dada, mas não sei por onde começar...

- E nós podemos. Você agora é um dos chamados, assim como eu.

- Como assim?

- Eu sou o primeiro. Você é o décimo. Estamos nos espalhando. Quem diria que tudo começaria com um mendigo...

- Eu jamais imaginei...

- Mas é desse tipo de paradoxos que a vida é feita. As pessoas não tem mais tempo. Nós não, nós temos todo tempo que queremos. Não somos escravos de nada. Às vezes penso que é por isso que fui escolhido como primeiro.

- Virão outros?

- Sim, eu sinto que virão, mas precisamos continuar plantando as sementes. - Ele me deu um sorriso e colocou algo na minha mão. Sorrindo completou - esse é o começo de um novo mundo. Há muita gente contra isso. Mas temos que tentar.

Abri a mão e vi uma semente muito pequena. Nela estava escrito futuro. Procurei por ele, mas já tinha desaparecido.

Mais Malfadas Para o mundo doente....


Mafalda 1964 - 1973 ( por Quino)

Definitivamente um cartoon para todas a idades, cheio de criticas, e senso de humor, um tanto que negro.

Resolvi tirá-la do baú, para não ser esquecermos as tantas vezes que fomos Mafalda (ou outros personagens do cartunista Quino) , com seu jeito idealista, buscando o melhor para o mundo refletindo sobre o amanhã, sobre o hoje, sobre o ontem.

Procura sempre entender o que é filosofia, para que serve a política. Garota curiosa, nada atraente fisicamente, que sofre em ver o mundo doente.

Que tem amigos como:
(entre as decrições frases dos personagens)

Manolito: garoto interesseiro, preocupado apenas com o dinheiro, e negócios.
(conversa entre Mafalda e Filipe)

"É ingenuidade pretender que as pessoas apreciem mais a cultura do que o dinheiro?"

"Não seria maravilhoso o mundo se as bibliotecas fossem mais importantes do que os bancos?"

Daí chega o Manolito e diz: "NÃO, SEU COMUNISTA!!"

_____________________________________________

Filipe: Um sonhador que odeia a escola, mas que freqüentemente trava intensas batalhas com sua consciência e seu senso nato da responsabilidade. Foi inspirado pelo jornalista Jorge Timossi amigo de Quino.

"A preguiça é a mãe de todos os vícios, mas uma mãe é uma mãe e é preciso respeitá-la"


_______________________________________________

Miguel "Miguelito" Pitti: Amigo de Mafalda, um pouco mais jovem do que os outros. Filho único, com um personalidade única, mas com um coração enorme.
"mas por que temos que gastar a vida que ganhamos trabalhando para ganhar a vida??
Mafalda passeia pela calçada, quando vê Miguelito sentado.

- O que faz aí sentado, Miguelito?

- Estou esperando algo da vida.

- Não entendo, Miguelito. O que quer dizer isso de ficar aí sentado esperando algo da vida?

- Isso mesmo: que vou ficar aqui sentado, esperando que a vida me dê algo.

Mafalda fica olhando pro Miguelito e sai andando.

- E não será que o mundo está cheio de Miguelitos e por isso está como está?

_______________________________________

Liberdade: Uma minúscula menina. Todos fazem o comentário óbvio sobre seu tamanho. Gosta das coisas simples da vida.

- pai da mafalda: vc gosta de plantas liberdade (olhando para o vaso na sala)

- liberdade: - em vaso nao. gosto das plantas na terra mesmo.

- claro. mas isso é impossivel. eu moro em apartamento.

- o senhor me perguntou se eu gosto de plantas. não se eu gosto da vida que leva.

_______________________________________

Guille "Gui":O irmão caçula da Mafalda, esperto para sua idade, é retratado como uma criança que começa a perceber o mundo.

ele está olhando pela janela quando o pai chega:

Guile:- E o sol?

Pai:- Hoje está nublado, Guile, não tem sol.

Aí ele vai até o pai, puxa a barra da calça dele:

Guile:- Papai, vai buscá, vai?

Pai(pegando ele no colo):- Ora, filhinho, é impossível! Como eu vou trazer o sol?

Guile(olhando com a cara de desolado):

- Ah, você não pode?

Pai:- Não

Guile (com tristeza, e empurrando a cara do pai):

- Me põe no chão, moço po favô?
_______________________________________

Susanita: Uma menina fútil. Seu único objetivo na vida é encontrar um marido rico e de boa aparência quando crescer e ter uma quantidade de filhos acima da média. É uma grande fofoqueira, e sempre encontra um jeito de falar sobre o vizinho do irmão da cunhada de alguém.

Mafalda: Fico arrasada quando vejo gente pobre.

Susanita: Eu também.

Mafalda: Deveríamos dar teto, proteção e bem estar aos pobres.

Susanita: Tanto???? Por que???? Basta esconder eles !!!!

_______________________________________

Seja qual for o personagem que você se identifica, lembre-se que é sempre bom ser criança, e ter a esperança de mudar alguma coisa... mesmo que seja o seu modo de pensar!

A Mafalda passa por um jardim e diz:
- Graças a Deus chegou a primavera!

Depois ela ouve um idoso dizendo:
- Graças a Deus cheguei à primavera.

Então ela pensa: "E eu aqui dizendo trivialidades"




Estranho...


É estranho

É estranho querer te mais perto, sendo que já está em mim.

É tão presente nesta sua ausência que relendo as coisas que escrevi percebo que você nunca foi embora.

Esta dificuldade de escrever, o momento da pausa entre o papel e a caneta, não é a minha essência, é a dificuldade de admitir sua singularidade e não saber como descrevê-lo.

Não sei se você é só sorriso, até nos momentos de angustia, se foge do mundo para encontrar a vida, para respirar, para se salvar, para ser um pouco eu; sem você saber.

Ou seria eu tentando ser você... querendo ter você.

É confuso, medonho.

Tanto que chega a ser inaceitável, saber que está tão longe e aqui dentro.
E este sonho doi tanto na vida real.

“Em algum lugar bêbada em 2006”

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Cinzas da Quarta-Feira

"Eu só queria poder ver teus olhos,
Ouvir seus ouvidos,
Falar sua boca,
Provar sua língua,
Sentir sua pele..."

O papelzinho amassado que trazia a poesia ainda estava na sua mão quando ela chegou em casa com a fantasia num saco de lixo preto, vestindo camiseta e bermuda nas cores da sua escola.
Ele não apareceu. Já fazia uma semana que ele não aparecia.
Ele prometeu que não faltaria ao desfile. Mas desde que ela contou, ele nunca mais apareceu. Maldito mundo de homens amados, inseguros de serem queridos e covardes quanto às conseqüências.
Ela escreveu pra ele, mas ele nunca leu. Amassou o papel e jogou de volta pra ela. Ele chorou e ela fingiu sorrir.
O desfile foi cansativo. O salto acabou com seu pé, mas nos dias de hoje passista que se preze tinha que usar salto.
A manhã da quarta-feira estava nublada. O dia estava feio e cinza. Ele não apareceu. Tinha vontade de chorar, mas guardou. Sentou-se exausta na escada na frente do portãozinho do germinado onde morava com os pais. Ouviu os passos de sua mãe saindo de casa. Ela estava indo pra missa.

- Bom Dia minha filha, vamos à missa?

- Não mãe, eu estou cansada... acho que só preciso pensar um pouco.

A mãe seguia em passos curtos rumo a igreja que não ficava muito longe dali.
A rua vazia parecia aumentar a dor que ela sentia no peito.
Há 15 dias saiu o exame que confirmou. Ela estava grávida. Ela sabia que era dele. Ele não acreditou.
O vizinho da frente ligou baixinho o som, como fazia toda quarta de cinzas desde que ela era bem pequena. Ele dizia que era pra se despedir do carnaval. Colocava os vinis dos sambas de antigamente.
Como ela iria pagar tudo? Como iria contar para os pais? Ela ainda não tinha nem começado a faculdade.
O choro chegou de vez e rompeu a barreira. O desespero tomava conta dela.
Sentiu uma mão de menina enxugar uma lágrima do seu rosto. Olhou e se viu criança, sorrindo na frente dela. Ela costumava sair esse horário de casa nas quartas de cinzas pra ouvir os sambas de antigamente que vinham do vizinho.

A voz de Chico chamou:

"Ela desatinou,
viu chegar quarta-feira
Acabar brincadeira,
bandeiras se desmanchando
E ela inda está sambando."

A menina que não lembrava a passista de hoje ensaiou passos desajeitados e infantis no meio da rua. Puxou-a pela mão e com uma gargalhada despreocupada rodou pela rua ao som do samba. Ela sentiu com prazer as primeiras gotas da chuva lavarem a maquilagem e rindo dançou consigo mesma. Esqueceu-se por um instante de tudo e como criança sambou.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Free to decide






Um Aaaaaaaaaah bem gigante de desespero!!!

Hoje vai ter show da Dolores O’Riordan (ex-vocalista do Cranberries) lançando o seu primeiro disco solo “Are you Listening?”

Show imperdível para quem tiver disposição e dinheiro, mas para quem é fã isso é o de menos!

Alguém topa fazer rateio comigo?

Mas não, acho que não vou ouvir pessoalmente, resta para mim e para o restante do publico sem money baixar as musicas na Internet.






Então para todos não se sentirem lesados como Eu... E ainda não sabem, (mas um grito, porém de alegria) no Tim Festival, além de Arctic Monkeys, The Killers, Juliette & The Licks, Antony And The Johnsons, Girl Talk, Spank Rock, e Björk teremos a presença de Feist.

Então reservem, economizem o Maximo que puderem, pois este Tim festival vai ser imperdível, e não vai valer a pena ficar sóbrio com tanta agitação assim...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Metalinguagem


- Que azar, hein seu Júlio?

O copo virou em cima do balcão do Bar do Jorge, que já se ocupou em encher novamente o copo de Júlio.

- Azar? Virar o copo é só o começo, depois só piora. E acaba com "uma grande luz tomou todo o recinto e nunca mais se ouviu falar neles."

- Virge Maria Seu Júlio, que que é isso que você tá falando aí moço?

- O fim Jorge, acabei de ver tudo até o fim. E tem gente que vai achar interessante.

- Credo em cruz Julião, assim você me assusta, que papo mais esquisito!

Júlio nem se levantou, com a cabeça baixa olhando para o fundo do copo recém enchido disse:

- Agora vem a parte que "um bêbado que atrapalhadamente canta o refrão de um samba que poucos lembram, mas traz ao pobre coitado que carrega uma garrafa vazia na mão alguma saudade do tempo em que era mais que um bêbado cantando".

- Pô Júlio! Essa é a saideira, você - no meio da frase gritos de um bêbado que atrapalhadamente canta o refrão de um samba que poucos lembram, mas traz ao pobre coitado que carrega uma garrafa vazia na mão alguma saudade do tempo em que era mais que um bêbado cantando, atrapalham a conversa dos dois - Já bebeu de mais... e acho que eu também!

- Tá tudo escrito Jorge. E eu já disse como tudo acaba. É muito chato isso!

- Escrito aonde?

- No fundo do copo que virou em cima da mesa. Já imaginou se você fizesse parte de uma história que já está escrita?

- Olha... na verdade não. Mas minha mãe sempre me disse que Deus é que escreve o nosso destino.

- Mas nos faz ter a impressão de liberdade.

- É... isso é.

- Só que agora por exemplo é a hora que você espirra.

Jorge espirra.

- Virge! Mas isso só pode ser um dom de Deus rapaz!

- Ou uma maldição. Acho que o futuro se mostrou à pessoa errada, porque nada me anima em saber o que vai acontecer.

- Mas por que não? Tem tanta gente que paga tão caro que prever o futuro...

- Mas já digo pro senhor, é muito melhor ter a impressão de liberdade. Principalmente quando a gente sabe que está numa história curta e ela já está acabando...

- E por que já está acabando?

- Porque é isso que você pergunta antes do barulhão, da gente se levantar, olhar lá fora e fim...

- Ah Julião, melhor você ir - mas Jorge não termina a frase. Um barulho ensurdecedor enche o bar. Assustados eles se levantam e vão até à porta para olhar para fora. Nesse instante uma grande luz tomou todo o recinto e nunca mais se ouviu falar neles.

12 de Outubro


- Só no dia 12 de Outubro!

- Dia das crianças?

- Não, Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, conhece?

- Não é aquela dos pescadores?

- E dos pecadores também!

- Como?

- A Ave Maria, sabe... "Rogai por nós pecadores..."

- Credo, nunca gostei dos santos, eles me dão arrepios...

- É isso que o sagrado costuma fazer... bem, pelo menos costumava.

Adriana sabia que faltava pouco para o dia 12, mas ela não podia mais esperar... e por que tinha que ser no maldito dia 12? E o que a Nossa Senhora tinha a ver com isso?
O pior de tudo é que ele nem era católico!
Tanto tempo juntos e ele continuava misterioso.

- Mas me diz uma coisa, se você nem é católico, por que essa fixação com Nossa Senhora?

- Eu que lhe pergunto por que não?

- Oras, porque os santos são crenças dos católicos. Uma vez um moço falou que os santos não passavam de estátuas de barro!

- Sim, mas são estátuas de barro que são importantes não pelo material que são feitos. Olha por exemplo, essa nota de 50 reais...

- Seu louco, você rasgou ela no meio! Sabia que você era doido, mas não ao ponto de rasgar
dinheiro.

- Mas isso não era só um pedaço de papel?

- Sim, mas é um papel que vale, que você pode trocar por produtos e serviços!

- E por que disso? Já parou pra se perguntar?

- Ah, porque é assim que o dinheiro é, oras!

- É assim porque é convencionado. Porque este pedaço de papel atende padrões físicos que o tornam uma autêntica nota de 50 Reais.

Ela pensou por um instante. Aquilo fazia sentido de fato, mas o que tinha a ver com a Nossa Senhora e o dia 12?

- E a estátua?

- Posso dizer que ela atende o padrão que já tocou milhões de corações. É uma espécie de mãe dos órfãos dessa nação. Orfãos de uma mãe chamada fé.

- Mas você acredita que Maria, mãe de Jesus era santa mesmo?

- Isso eu realmente não sei, mas sei como pequenos pedaços de fé, de cantigas desafinadas, de lágrimas ao pé do altar e rezas baixinhas feitas com joelhos machucados no chão batido fizeram dela algo muito maior que uma estátua achada no rio. É agora um pedaço de cada um desses órfãos que fez dela uma mãe. É difícil aceitar o divino que vem daqueles que não tem mais nada.

- E porque só vai me dar o presente no dia 12?

- Porque se não você nunca iria me perguntar por que. E não precisa ficar triste, depois que eu colar as duas partes da nota com fita, ela vai valer 50 reais do mesmo jeito.

- Eu acho que nunca vou te entender.

E apesar de realmente não entender ela aceitou, e beijou-o. Ele pensou que era uma pena que ela não soubesse que há 15 anos atrás, ele a vira pela primeira vez numa procissão do dia 12 de Outubro.