sexta-feira, 9 de maio de 2008
Ana Voava
Ana voava
No céu semi-nua
Brincava de lua
E escandalizava
Cidade pequena
Sem entender
Queria esconder
A fada morena
Mas Ana brincava
O céu o seu lar
Seu ser singular
Ninguém afetava
O padre perneta
Ficou revoltado
Disse indignado
Que era o capeta
O pai, por Deus
Pediu que descesse
Antes que padecesse
Da fúria dos seus.
Ana fugiu
No meio da noite
Em chuva de açoite
Ficando febril
Viu a cidade
De Carros e luzes
Luas e cruzes
Nova novidade
Desceu e então
Virou um frisson
Ganhando neon
E televisão
Depois o jornal
Depois a igreja
Depois a peleja
Intelectual
Voltou para casa
Dessa vez a pé
Voltou à sua fé
Fugindo da NASA
Então se casou
E teve menina
Chamada Celina
Nunca mais voou.
Mas hoje Celina
A lua olhou
E leve voou
Sem medo da sina.
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Um comentário:
Oi, nossa, adorei teu texto, adorei! será que vc me permitiria postá-lo no meu blog? com os devidos créditos, é claro!
Bjo!
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