segunda-feira, 3 de setembro de 2007

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Já disse para não invadir meu banheiro.
Para sair do meu quarto.

Não entrar na minha cozinha.
Não permanecer na sala,
de aparecer nas musicas,
de dançar nos meus sonhos.

Não quero que me observe no banho,
No café da manhã ou quando me deito.

Chega de manipular os meus lábios
Fazendo-me balbuciar o teu nome,
De apunhalar-me com lembranças
Trazendo a tona minhas lagrimas e com elas
Minhas frustrações.

Pare de me acender o cigarro
No qual procuro conforto e não ansiedade.

Não tente se esconder no fundo d meu copo de cerveja
Não quero ver, nem sentir tua melancolia ou piedade.

Não me encontre na balada para dizer que estou só
Ou que ninguém me quer ou se quer me entendem.

Não se transforme no pó da minha maquiagem
Fazendo-me fantasiar de Elvira a rainha das trevas.
Tire o preto triste do meu guarda-roupa
E deixe apenas as peças que valorizem minha personalidade
Não o meu corpo.

Leve embora com você todos os poemas que te fiz.
Poemas que invocam tua presença.

Quero-te bem longe, infinitamente distante!
Sei que és persistente, sei que me seguirás.
Mas Morte! Aceite tudo tem seu tempo.

E hoje eu não te quero mais.
Passar bem, bem longe de mim.
Obrigado.

Ainda jovem, viva, e amando muito...
Sua antiga admiradora Lovely Leah....
Kissus.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este foi o nosso último abraço. E quando,
daqui a nada, deixares o chão desta casa
encostarei amorosamente os lábios ao teu copo
para sentir o sabor desse beijo que hoje não
daremos. E então, sim, poderei também eu
partir, sabendo que, afinal, o que tive da vida
foi mais, muito mais, do que mereci.